MITD-1ªTemporada-Capitulo 6 : Dorme comigo?
Entramos no apartamento o bom é que é bem grande então todo mundo fica bem a vontade.
-Pessoal essa é a Samanta.-Disse Zain pegando na minha mão...
Eu estava tão nervosa. Todos me olhavam então quando Zain soltou minha mão e foi se sentar no sofá, uma ruiva se levantou e me abraçou.
-Prazer, sou Klara Peter.-Falou e beijou minha bochecha.
-Muito prazer.-Sorri para ela que se sentou. Então me aproximei do sofá onde tinha mais meninas. Uma morena dos olhos azuis se levantou e me abraçou.
-Oi, sou Eduarda Bittencort.-Ela disse e me olhou dos pés a cabeça.-Você é linda.-Ela sorriu e sentou.
-Você sim é bonita.-Falei e pisquei para ela. Fui até uma que estava escorada na parede perto da janela.
-Menina mais você é gostosa em...-Ela disse e todos riram. Fiquei com vergonha, provavelmente é a Raquel.-Sou a Raquel Mendes, muito prazer.-Ela disse e beijou minha bochecha. Eu ri, pois os outros também riam.
-Prazer.-Falei entre risos... A parte mais difícil falar com os meninos. Sabe estou bem incomodada todos me olham atentamente. Caminhei até eles e um sorridente de olhos azuis se levantou e me abraçou.
-Sou o Louis Tomlinson...-Ele disse sem tirar o belo sorriso do rosto.
-O apaixonado pela Bia.-Uma das meninas disse. O sorriso do rosto dele se fechou.
Me aproximei então de mais um dos meninos que levantou, seu topete perfeitamente penteado para o lado, olhos castanhos e bem mais alto que eu, apesar que eu estou de salto.
-Oi linda, sou o Liam Payne.-Encantador e muito charmoso, ele me abraçou apertado. Minhas costas doeram um pouco mas eu não me importava.
-Oi prazer.-Falei e sorri pra ele. A Raquel segurou meu braço me impedindo de cumprimentar o próximo.
-Cara, sério fiquem lado a lado ali.-Ela apontou, caminhei até onde ela apontou e ele também.
-Niall, você tem uma versão feminina.-Ela disse rindo então nós nos olhamos.
-A versão femina e a versão gay, quando que acharemos a versão homem?-Disse Louis todos nós rimos, a minha versão "homem" mandou o dedo do meio pro Louis e me abraçou depois.
-Oi, eu sou o Niall Horan, minha versão feminina.-Rimos ele beijou minha bochecha, se sentou no sofá onde as meninas estavam.
Mais um menino, o último, caminhou até mim. Eu acho que meu batom sumiu de tantos beijos que dei hoje.
Seu cabelo era comprido, quando ele se aproximou vi que seus olhos eram verdes. Ele sorria, tinha covinhas, nós temos esse erro genético que na minha opinião é fofo.
-Muito prazer, sou Harry Styles.-Pegou minha mão e a beijou. Arregalei os olhos. As meninas riram.-Você é encantadoramente linda.-Ele disse me olhando nos olhos. Fiquei tipo "Ãn?"
-O que eu falei Samanta.-Disse Bia rindo. Que vergonha meu Deus...
-Vaza e deixa a Samanta sentar.-Disse a Eduarda empurrando Niall do sofá. Ele saiu e se sentou com os meninos novamente.
Ficamos pouco tempo em silêncio, na verdade até a Raquel começar a implicar com Harry. Ela puxava o cabelo dele por trás, deu para perceber que ele não gosta muito.
-Porra Raquel, para!-Gritou, rimos porque Raquel também ria debochando.
-Ui, tá bom irritadinho.-Ela fingiu se afastar e puxou novamente o cabelo de Harry e correu para atrás de Zain, Harry acabou rindo também.
-Tá, vamos fazer o ritual de sempre...Conte sobre você Samanta.-Disse Raquel se sentando na guarda do sofá dos meninos. Puta que pariu! fodeu. Todos me olhavam atentamente a espera que eu começasse a falar. Me levantei e suspirei, para tentar dar inicio.
-Eu choro ao falar sobre isso, mas já que é um "ritual"-Fiz aspas com as mãos.-Irei cumprir.-Coloquei minhas mãos no bolso de trás da calça e abaixei a cabeça...-Bom para entender temos que voltar no tempo...-Falei até que Raquel me interrompeu.
-Conte detalhadamente.-Piscou pra mim.
-Ok, era quase noite de domingo, dia 17 de março e eu brincava com uma menina. Aparentava ter a mesma idade que eu 7 anos. Uma mulher gritou da porta que eu teria que ir embora.-Caminhei de um lado ao outro lentamente enquanto dizia.-Ela me deu meu ursinho, pelo que eu lembro ele era bem importante.-Levantei a cabeça e sorri.-Entrei no carro daquela mulher, a quão eu não lembro quem é. Já era noite, e o céu estava com poucas estrelas, eu estava estranha, tinha um aperto no meu coração que eu não entendia...Queria chorar, mas nem entendia o motivo. Percebi que já estávamos na minha rua. Alguma coisa prendia a atenção das pessoas que pareciam ter o mesmo foco. O carro parou e a mulher disse para mim não sair do mesmo. Havia um grande tumulto de pessoas no outro lado da rua.
Tinha um caminhão de bombeiros, carros de policia. Minha casa pegava fogo, lembro que sai do carro e corri até as pessoas tirando elas da minha frente. Segurei meu urso contra o peito e parei vendo a imagem da minha casa queimar, uma fita amarela me impedia de chegar perto, passei por debaixo dela e a mulher gritou me chamando, parei em frente ao fogo. As pessoas gritavam que havia pessoas lá dentro, eu já chorava. A mulher me pegou no colo fazendo meu urso cair e começou a ser danificado pelo fogo. Depois que eu já estava um tanto quanto longe do tumulto um policial falou com a mulher e disse que o incêndio foi criminoso.-Me escorei na parede, perto da porta, todos me olhavam atentamente, alguns com o olhar de pena que eu vejo nas pessoas há 10 anos cada vez que conto esta história. Cruzei os braços na altura do peito, meus olhos já estavam cheios de água.-Simplificando, morreram meus pais e minha irmã carbonizados.-Todos arregalaram os olhos. Uma lágrima escapou dos meus olhos, logo a sequei.- Lembro que passei a noite na casa dessa mulher que estava comigo e fiquei durante uma semana morando com ela. Depois disso sem ninguém me explicar nada fui morar com a minha avó Rosana. Fiquei durante 10 anos lá, nunca tive respostas, ela nunca me dizia nada. Minha vó foi misteriosamente assassinada na banheira de casa a dois dias, mais um acidente criminoso com arma branca dessa vez. Então fui para a casa de uma tia paterna que eu nem sabia que existia.-Mais uma lágrima escorreu pelo meu rosto.-Ela começou a dizer coisas horríveis, não era mais a mesma. Então ela me amarrou em uma cadeira, me amordaçou e amarrou cordas nos meus pulsos e nos meus pés.-Falei mostrando os pulsos.-Algo cortante tinha naquela corda. Fiquei no porão, sem janelas e apenas com uma porta que foi trancada pela a Lúcia, minha tia.-Guspi as palavras.-No dia seguinte ela me perguntou como deveria fingir chorar pela morte da sua mãe, debochava de tudo, ela me soltou e foi junto com aquele crápula do marido dela, Carlos, eles foram ao enterro, ela me deixou uma garrafa de água e um prato de comida. Zombaram ao dizer que eu não poderia comer em vão pois seria a única refeição do dia. Me trancaram, mas pelo menos eu estava livre, meus pulsos estavam machucados assim como minhas canelas. Procurei algumas coisas já que havia ferramentas lá. Montei um plano. Chegou a noite, um buraco na parede me mostrava isso, ao ouvir barulhos na porta me sentei, já com todo o plano armado. Ela abriu a porta descendo com o seu marido, ele me olhava com um olhar impuro, malicioso e como algumas vezes já tinha dito algumas coisas eu já sabia que teria que usa-lo para fugir. Ela me revistou e não encontrou nada. Me sentei novamente. O telefone tocou lá em cima Lúcia foi atende-lo e Carlos sorria pervertido para mim, me deu nojo, ele se aproximou de mim e passou suas mãos nas minhas pernas. Eu queria morrer aquela hora, mas era exatamente isso que eu queria, ele rasgou minha blusa, me deixando quase com a roupa intima. Era tudo tão nojento, me levantei e fui até perto de umas pilhas de caixas com ferramentas, onde eu coloquei um ferro. O agarrei e quando o Carlos iria se aproximar eu dei na cabeça dele com toda a minha força. Chutei suas partes e subi, não ouvia mais a vagabunda falar, quando cheguei na sala ela me empurrou e o ferro caiu.-Comecei novamente a caminhar de um lado para o outro devagar.-Entramos em luta corporal e quando eu consegui pegar o ferro taquei na cabeça dela, corri até aporta e sai. Os tranquei lá dentro pois peguei a chave, o portão não abria então pulei o muro, me machucando toda, corri e acho que perdi a chave no caminho, desmaiei e fui achada pelo Zain... Nossa falei de mais.-Eles me olhavam boquiabertos.
-Deixa eu ver se eu entendi...-Disse Klara.-Quando você tinha sete anos seus pais e sua irmã morreram carbonizados, então você foi morar com a sua avó, morou com ela por dez anos e ela a dois dias foi encontrada morta na banheira. Depois foi parar na casa de uma puta que era sua tia paterna e um estrupador. É isso mesmo que eu ouvi?-Falou séria.
-Nossa, quanta coisa horrível.-Disse Harry.
-E você não tem ninguém mais? Perdeu a todos?-Louis falou indignado.
-Infelizmente sim, não tenho mais ninguém...-Falei me sentando na guarda do sofá das meninas. Zain estava tampando a boca com a mão, devia estar surpreso.
-Você tem sim, tem a nós todos.-Disse Niall.
-Ela está morando comigo, já pode nos considerar seus melhores amigos, nunca há deixaremos sozinha.-Disse Zain. Pela primeira vez na vida me sinto segura e feliz, parece que Deus colocou anjos em minha vida.
-Obrigada gente.-Falei sorrindo e secando algumas lágrimas teimosas.
-Deixando essas tragédias de lado, fale sobre você... Sua idade, etc.-Disse Liam, sorri.
-Ok, tenho 17 anos, nasci aqui mesmo eu acho, em Londres. Tinha apenas um amigo Josh, nunca fui social e sempre me cortei. E sei lá, com o tempo vocês vão vendo como eu sou...-Sorri.
Zain acendeu um cigarro e começou a fumar, não sabia disso.
-Ela é uma garota legal, gostei de você.-Disse Klara.
-Pessoal se liga, eu passei o dia todo com ela e vi que ela é incrível. Sei que nós vamos ser muito felizes.-Disse Bia ao me abraçar... Louis a olhava, lembrei que uma das meninas disse que ele era apaixonado pela Bia, pois é desse jeito dá até para notar uma quedinha sim.
-Olha só, como eu fiquei abalado com a história da Samanta, e sei que vocês ficaram também. Podemos jogar amanhã, tudo bem por vocês?-Disse Harry se levantando. Todos concordaram.-Então é amanhã na minha casa, a noite.-Falou Harry.
-Alguém pode me dizer que jogo é esse?-Perguntei. Zain riu.
-Se você tiver vergonha, odiará, se não tiver... Bom sei lá acho que não gostará também.-Disse Zain, apagando o cigarro.
-Isso é fato.-Disse Eduarda.
-É verdade, ele é um jogo de boas-vindas fazemos isso toda a vez que adicionamos mais alguém no nosso grupo.-Disse Louis.
-Então já se considere, nossa melhor amiga.-Disse Niall. Harry foi até a cozinha e voltou com uma garrafa de cerveja na mão.
-Quais são as idades de vocês?-Perguntei.
-Eu tenho 18.-Klara.
-Eu, 19.-Disse Raquel.
-17, somos pequenas ainda Samanta.-Disse a Eduarda, rimos.
Os meninos falaram suas idades, Louis é o mais velho.
[...]
Conversamos bastante e aos poucos eles foram embora, Bia e eu fomos até o estacionamento para pegar as sacolas.
O elevador ficou repleto de sacolas, Zain nos ajudou a coloca-las no apartamento. Nos despedimos da Bia e ela foi embora. Tirei o salto ficando descalça, nossa que alivio.
-Nossa, mas a Bia comprou o shopping todo?-Disse Zain colocando as sacolas no quarto dele.
-Sim, fez eu rodar por aquele imenso shopping com esse salto enorme.-Ele deu risada.
-Olha só Sam, essa parte do guarda roupas será sua.-Ele disse tirando algumas de suas roupas e colocando em outra parte do guarda-roupa. Cada um de nós ficamos com 3 portas e 3 gavetas. Eu fiz um coque no cabelo e comecei a ajuda-lo a arrumar o guarda-roupas.
[...]
Depois que arrumamos, tomei um banho normal e coloquei um pijama que compramos hoje. Umas pantufas de gata que a Bia insistiu de mais para comprar pra mim. Os machucados estão melhor.
Zain estava sentado em um puf no quarto. Passei o creme de rosto que a Bia me deu, eu já tinha escovado os dentes.
-Vou sair para você descansar.-Ele disse e levantou. Colocando as mãos nas costas.
-Zain espera...-Falei o puxando pelo braço.-Não durma no sofá, estou ficando mal por isso. Dorme comigo?-Falei e ele pareceu surpreso.
-Não teria problemas?-Ele perguntou.
-Não... Obrigada Zain.-O abracei.-Por tudo... E por estar me apresentando a felicidade.-Ele retribuiu o abraço.
Nós dormimos, bastantes distantes claro. Ele disse que entre amigos antes de tudo tem que existir respeito... Concordo.
CONTINUA...
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-Pessoal essa é a Samanta.-Disse Zain pegando na minha mão...
Eu estava tão nervosa. Todos me olhavam então quando Zain soltou minha mão e foi se sentar no sofá, uma ruiva se levantou e me abraçou.
-Prazer, sou Klara Peter.-Falou e beijou minha bochecha.
-Muito prazer.-Sorri para ela que se sentou. Então me aproximei do sofá onde tinha mais meninas. Uma morena dos olhos azuis se levantou e me abraçou.
-Oi, sou Eduarda Bittencort.-Ela disse e me olhou dos pés a cabeça.-Você é linda.-Ela sorriu e sentou.
-Você sim é bonita.-Falei e pisquei para ela. Fui até uma que estava escorada na parede perto da janela.
-Menina mais você é gostosa em...-Ela disse e todos riram. Fiquei com vergonha, provavelmente é a Raquel.-Sou a Raquel Mendes, muito prazer.-Ela disse e beijou minha bochecha. Eu ri, pois os outros também riam.
-Prazer.-Falei entre risos... A parte mais difícil falar com os meninos. Sabe estou bem incomodada todos me olham atentamente. Caminhei até eles e um sorridente de olhos azuis se levantou e me abraçou.
-Sou o Louis Tomlinson...-Ele disse sem tirar o belo sorriso do rosto.
-O apaixonado pela Bia.-Uma das meninas disse. O sorriso do rosto dele se fechou.
Me aproximei então de mais um dos meninos que levantou, seu topete perfeitamente penteado para o lado, olhos castanhos e bem mais alto que eu, apesar que eu estou de salto.
-Oi prazer.-Falei e sorri pra ele. A Raquel segurou meu braço me impedindo de cumprimentar o próximo.
-Cara, sério fiquem lado a lado ali.-Ela apontou, caminhei até onde ela apontou e ele também.
-Niall, você tem uma versão feminina.-Ela disse rindo então nós nos olhamos.
-A versão femina e a versão gay, quando que acharemos a versão homem?-Disse Louis todos nós rimos, a minha versão "homem" mandou o dedo do meio pro Louis e me abraçou depois.
-Oi, eu sou o Niall Horan, minha versão feminina.-Rimos ele beijou minha bochecha, se sentou no sofá onde as meninas estavam.
Seu cabelo era comprido, quando ele se aproximou vi que seus olhos eram verdes. Ele sorria, tinha covinhas, nós temos esse erro genético que na minha opinião é fofo.
-O que eu falei Samanta.-Disse Bia rindo. Que vergonha meu Deus...
-Vaza e deixa a Samanta sentar.-Disse a Eduarda empurrando Niall do sofá. Ele saiu e se sentou com os meninos novamente.
Ficamos pouco tempo em silêncio, na verdade até a Raquel começar a implicar com Harry. Ela puxava o cabelo dele por trás, deu para perceber que ele não gosta muito.
-Porra Raquel, para!-Gritou, rimos porque Raquel também ria debochando.
-Ui, tá bom irritadinho.-Ela fingiu se afastar e puxou novamente o cabelo de Harry e correu para atrás de Zain, Harry acabou rindo também.
-Tá, vamos fazer o ritual de sempre...Conte sobre você Samanta.-Disse Raquel se sentando na guarda do sofá dos meninos. Puta que pariu! fodeu. Todos me olhavam atentamente a espera que eu começasse a falar. Me levantei e suspirei, para tentar dar inicio.
-Eu choro ao falar sobre isso, mas já que é um "ritual"-Fiz aspas com as mãos.-Irei cumprir.-Coloquei minhas mãos no bolso de trás da calça e abaixei a cabeça...-Bom para entender temos que voltar no tempo...-Falei até que Raquel me interrompeu.
-Conte detalhadamente.-Piscou pra mim.
-Ok, era quase noite de domingo, dia 17 de março e eu brincava com uma menina. Aparentava ter a mesma idade que eu 7 anos. Uma mulher gritou da porta que eu teria que ir embora.-Caminhei de um lado ao outro lentamente enquanto dizia.-Ela me deu meu ursinho, pelo que eu lembro ele era bem importante.-Levantei a cabeça e sorri.-Entrei no carro daquela mulher, a quão eu não lembro quem é. Já era noite, e o céu estava com poucas estrelas, eu estava estranha, tinha um aperto no meu coração que eu não entendia...Queria chorar, mas nem entendia o motivo. Percebi que já estávamos na minha rua. Alguma coisa prendia a atenção das pessoas que pareciam ter o mesmo foco. O carro parou e a mulher disse para mim não sair do mesmo. Havia um grande tumulto de pessoas no outro lado da rua.
Tinha um caminhão de bombeiros, carros de policia. Minha casa pegava fogo, lembro que sai do carro e corri até as pessoas tirando elas da minha frente. Segurei meu urso contra o peito e parei vendo a imagem da minha casa queimar, uma fita amarela me impedia de chegar perto, passei por debaixo dela e a mulher gritou me chamando, parei em frente ao fogo. As pessoas gritavam que havia pessoas lá dentro, eu já chorava. A mulher me pegou no colo fazendo meu urso cair e começou a ser danificado pelo fogo. Depois que eu já estava um tanto quanto longe do tumulto um policial falou com a mulher e disse que o incêndio foi criminoso.-Me escorei na parede, perto da porta, todos me olhavam atentamente, alguns com o olhar de pena que eu vejo nas pessoas há 10 anos cada vez que conto esta história. Cruzei os braços na altura do peito, meus olhos já estavam cheios de água.-Simplificando, morreram meus pais e minha irmã carbonizados.-Todos arregalaram os olhos. Uma lágrima escapou dos meus olhos, logo a sequei.- Lembro que passei a noite na casa dessa mulher que estava comigo e fiquei durante uma semana morando com ela. Depois disso sem ninguém me explicar nada fui morar com a minha avó Rosana. Fiquei durante 10 anos lá, nunca tive respostas, ela nunca me dizia nada. Minha vó foi misteriosamente assassinada na banheira de casa a dois dias, mais um acidente criminoso com arma branca dessa vez. Então fui para a casa de uma tia paterna que eu nem sabia que existia.-Mais uma lágrima escorreu pelo meu rosto.-Ela começou a dizer coisas horríveis, não era mais a mesma. Então ela me amarrou em uma cadeira, me amordaçou e amarrou cordas nos meus pulsos e nos meus pés.-Falei mostrando os pulsos.-Algo cortante tinha naquela corda. Fiquei no porão, sem janelas e apenas com uma porta que foi trancada pela a Lúcia, minha tia.-Guspi as palavras.-No dia seguinte ela me perguntou como deveria fingir chorar pela morte da sua mãe, debochava de tudo, ela me soltou e foi junto com aquele crápula do marido dela, Carlos, eles foram ao enterro, ela me deixou uma garrafa de água e um prato de comida. Zombaram ao dizer que eu não poderia comer em vão pois seria a única refeição do dia. Me trancaram, mas pelo menos eu estava livre, meus pulsos estavam machucados assim como minhas canelas. Procurei algumas coisas já que havia ferramentas lá. Montei um plano. Chegou a noite, um buraco na parede me mostrava isso, ao ouvir barulhos na porta me sentei, já com todo o plano armado. Ela abriu a porta descendo com o seu marido, ele me olhava com um olhar impuro, malicioso e como algumas vezes já tinha dito algumas coisas eu já sabia que teria que usa-lo para fugir. Ela me revistou e não encontrou nada. Me sentei novamente. O telefone tocou lá em cima Lúcia foi atende-lo e Carlos sorria pervertido para mim, me deu nojo, ele se aproximou de mim e passou suas mãos nas minhas pernas. Eu queria morrer aquela hora, mas era exatamente isso que eu queria, ele rasgou minha blusa, me deixando quase com a roupa intima. Era tudo tão nojento, me levantei e fui até perto de umas pilhas de caixas com ferramentas, onde eu coloquei um ferro. O agarrei e quando o Carlos iria se aproximar eu dei na cabeça dele com toda a minha força. Chutei suas partes e subi, não ouvia mais a vagabunda falar, quando cheguei na sala ela me empurrou e o ferro caiu.-Comecei novamente a caminhar de um lado para o outro devagar.-Entramos em luta corporal e quando eu consegui pegar o ferro taquei na cabeça dela, corri até aporta e sai. Os tranquei lá dentro pois peguei a chave, o portão não abria então pulei o muro, me machucando toda, corri e acho que perdi a chave no caminho, desmaiei e fui achada pelo Zain... Nossa falei de mais.-Eles me olhavam boquiabertos.
-Deixa eu ver se eu entendi...-Disse Klara.-Quando você tinha sete anos seus pais e sua irmã morreram carbonizados, então você foi morar com a sua avó, morou com ela por dez anos e ela a dois dias foi encontrada morta na banheira. Depois foi parar na casa de uma puta que era sua tia paterna e um estrupador. É isso mesmo que eu ouvi?-Falou séria.
-Nossa, quanta coisa horrível.-Disse Harry.
-E você não tem ninguém mais? Perdeu a todos?-Louis falou indignado.
-Infelizmente sim, não tenho mais ninguém...-Falei me sentando na guarda do sofá das meninas. Zain estava tampando a boca com a mão, devia estar surpreso.
-Você tem sim, tem a nós todos.-Disse Niall.
-Ela está morando comigo, já pode nos considerar seus melhores amigos, nunca há deixaremos sozinha.-Disse Zain. Pela primeira vez na vida me sinto segura e feliz, parece que Deus colocou anjos em minha vida.
-Obrigada gente.-Falei sorrindo e secando algumas lágrimas teimosas.
-Deixando essas tragédias de lado, fale sobre você... Sua idade, etc.-Disse Liam, sorri.
-Ok, tenho 17 anos, nasci aqui mesmo eu acho, em Londres. Tinha apenas um amigo Josh, nunca fui social e sempre me cortei. E sei lá, com o tempo vocês vão vendo como eu sou...-Sorri.
Zain acendeu um cigarro e começou a fumar, não sabia disso.
-Ela é uma garota legal, gostei de você.-Disse Klara.
-Pessoal se liga, eu passei o dia todo com ela e vi que ela é incrível. Sei que nós vamos ser muito felizes.-Disse Bia ao me abraçar... Louis a olhava, lembrei que uma das meninas disse que ele era apaixonado pela Bia, pois é desse jeito dá até para notar uma quedinha sim.
-Olha só, como eu fiquei abalado com a história da Samanta, e sei que vocês ficaram também. Podemos jogar amanhã, tudo bem por vocês?-Disse Harry se levantando. Todos concordaram.-Então é amanhã na minha casa, a noite.-Falou Harry.
-Alguém pode me dizer que jogo é esse?-Perguntei. Zain riu.
-Se você tiver vergonha, odiará, se não tiver... Bom sei lá acho que não gostará também.-Disse Zain, apagando o cigarro.
-Isso é fato.-Disse Eduarda.
-É verdade, ele é um jogo de boas-vindas fazemos isso toda a vez que adicionamos mais alguém no nosso grupo.-Disse Louis.
-Então já se considere, nossa melhor amiga.-Disse Niall. Harry foi até a cozinha e voltou com uma garrafa de cerveja na mão.
-Quais são as idades de vocês?-Perguntei.
-Eu tenho 18.-Klara.
-Eu, 19.-Disse Raquel.
-17, somos pequenas ainda Samanta.-Disse a Eduarda, rimos.
Os meninos falaram suas idades, Louis é o mais velho.
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Conversamos bastante e aos poucos eles foram embora, Bia e eu fomos até o estacionamento para pegar as sacolas.
O elevador ficou repleto de sacolas, Zain nos ajudou a coloca-las no apartamento. Nos despedimos da Bia e ela foi embora. Tirei o salto ficando descalça, nossa que alivio.
-Nossa, mas a Bia comprou o shopping todo?-Disse Zain colocando as sacolas no quarto dele.
-Sim, fez eu rodar por aquele imenso shopping com esse salto enorme.-Ele deu risada.
-Olha só Sam, essa parte do guarda roupas será sua.-Ele disse tirando algumas de suas roupas e colocando em outra parte do guarda-roupa. Cada um de nós ficamos com 3 portas e 3 gavetas. Eu fiz um coque no cabelo e comecei a ajuda-lo a arrumar o guarda-roupas.
[...]
Depois que arrumamos, tomei um banho normal e coloquei um pijama que compramos hoje. Umas pantufas de gata que a Bia insistiu de mais para comprar pra mim. Os machucados estão melhor.
Zain estava sentado em um puf no quarto. Passei o creme de rosto que a Bia me deu, eu já tinha escovado os dentes.
-Vou sair para você descansar.-Ele disse e levantou. Colocando as mãos nas costas.
-Zain espera...-Falei o puxando pelo braço.-Não durma no sofá, estou ficando mal por isso. Dorme comigo?-Falei e ele pareceu surpreso.
-Não teria problemas?-Ele perguntou.
-Não... Obrigada Zain.-O abracei.-Por tudo... E por estar me apresentando a felicidade.-Ele retribuiu o abraço.
Nós dormimos, bastantes distantes claro. Ele disse que entre amigos antes de tudo tem que existir respeito... Concordo.
CONTINUA...
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