La Mafia: Capítulo 5- Eu estava enganada

          Não se parece nada com a menina que Otto mostrava nas fotos, nunca tive a oportunidade de vê-la pessoalmente, visto que ele era extremamente protetor. 



            O pai de Martina era o braço direito do meu pai. Quando ele descobriu que iria ser pai de Pietro surtou e decidiu que largaria toda a vida que havia construído ao lado do meu pai, o que foi negado. Quando a Martina nasceu, a mãe dela acabou falecendo no parto, e isso mudou Otto completamente, parecia que todo o esforço que ele fazia para ser uma pessoa boa e mudar de vida, era por ela, e quando ela se foi, ele já não matava para acertar dívidas, ele matava por prazer. 

             Quando Otto foi dado como morto, a mafia suspeitava que ele teria forjado sua morte, até hoje acredito nisso, mas não entendo porque deixar seus filhos para trás e sem dar noticias todos esses anos. A questão é que, ele tem informações e documentos que eu preciso, e eu, tenho a filha dele.


-Quando meus homens descobriram quem havia tirado as fotos, e eu vi seu sobrenome, na hora eu já avisei a todos que queria você viva.-O que era verdade, por algum motivo, a pessoa que eu iria matar e responsabilizar pela morte do meu irmão, era nada mais nada menos que uma Rizzo.

-Por quê aquelas fotos eram tão importantes?-Perguntou. Eu só conseguia admira-la, eu nunca tinha visto uma mulher que me chamava tanta atenção antes.

-Aquelas fotos foram entregues a mafia rival, Sofia deve ter comentado com você a respeito. Eles pegaram meu irmão e o torturaram até a morte, agora estou com a filha do chefe deles.

-Sinto muito... Isso significa que o senhor que me procurou armou contra mim?-Ela perguntou, parecia confusa.

-Ou queriam que eu te encontrasse.


            Eu passei o jantar inteiro admirando aquela mulher. A forma que ela falava, como bebia aquele vinho, e até mesmo o ódio em seu olhar, me deixava perplexo. Eu precisava tê-la.

            Eu sabia que qualquer coisa que eu falasse a resposta dela seria negativa, eu queria que ela me quisesse como eu a quero. Depois de vê-la naquele porão, eu iria aproveitar que ela ficará comigo até o pai dela dar as caras, para desfrutar disso da melhor forma. Eu tinha certeza de que ela ficaria deslumbrante neste vestido, enquanto eu a olhava, meu pau latejava naquela calça.


Martina Pov


         Eu gostaria que as coisas ficassem esclarecidas na minha cabeça, mas quanto mais Caccini falava, mais dúvidas eu tinha. Eu me sinto tão culpada de ter aceitado tirar aquelas fotos e... Mateo foi comigo porque eu pedi! Ele está morto, e a culpa é toda minha. Se eu não tivesse envolvido ele nessa situação, ele estaria vivo, e Nico também e isso irá me assombrar para toda a vida. Eu precisava vingar a morte deles! Eu precisava fazer cada um dos envolvidos pagar de alguma forma, por mais que, no fundo a culpa seja minha, eu não sabia da situação. 

                Nós estavamos no caminho de volta. Caccini estava a minha frente, como na ida. Dessa vez eu não desviei o olhar, fui o observando até chegarmos, não pude deixar de notar um volume marcante em sua calça, enquanto ele me olhava. Eu precisava confirmar que isso era por causa de mim, porque se for, eu vou usar isso para conseguir o que eu quero. 

-Pode levá-la para o seu quarto.-Ele ordenou assim que chegamos na casa. 


             O segurança dele me acompanhou até o meu quarto o trancando logo em seguida. Tirei o salto e o vestido e fui tomar um banho. Não haviam outras roupas além de outro vestido justo então decidi dormir nua. Era estranhamente confortável estar aqui, nessa cama tão aconchegante, me cobri e suspirei de alivio por conseguir finalmente, dormir em uma cama.


...

      

              Senti a luz do sol batendo no meu rosto e isso me fez despertar, eu tive uma noite de sono tão gostosa que simplesmente apaguei. Me virei para o lado e dei de cara com Caccini sentado na poltrona me olhando, não acredito que esse cara doentio me observou dormindo. Tentei cobrir meus seios que estavam expostos e ele deu um sorriso de lado.


-Eu vi muito mais que isso, Senhorita Rizzo.-Ele falou em tom de deboche. 

-Por que está aqui?-Perguntei enquanto permanecia de baixo dos lençois.

-Eu vim chama-la para o almoço, mas nada fazia você despertar, então abri as cortinas.

-Você? E porque não mandou alguém como sempre faz?

-Gostaria que outro visse o que eu vi?-Perguntou se levantando e indo até a porta. Me calei.-Eu providenciei roupas mais casuais para você não andar assim pela casa, desça quando estiver pronta.-Saiu fechando a porta, dessa vez sem tranca-la. 


              Eu não conseguia identificar se ele sentia atração por mim, desde que eu o vi, ele sempre mantem esse olhar sedutor, essa fala calma e esse semblante malicioso. Tenho medo de dar uma investida e acabar jogando tudo pro ar, e voltar para o porão. Me ajeitei colocando um vestido confortável e desci as escadas indo até a sala de jantar. 


-Sente-se Senhorita Rizzo.-Disse ele apontando para a cadeira. Havia mais uma mulher sentada a mesa. Loira com um corte em channel, extremamente elegante, seios avantajados e algumas jóias no pescoço. Me sentei.-Esta é minha esposa.-Dei um sorriso pois não sabia como cumprimenta-la mas ela mantinha a cabeça sempre baixa e mal me olhou.


               Ninguém falou uma só palavra durante aquele almoço. Ele era casado! E nesse momento eu só sabia agradecer por não ter tentado nada, podia ter custado a minha vida. Em nenhum momento ele falou isso, e pela forma que ele me olhava, eu podia jurar que era um olhar de desejo... Eu estava enganada, e precisava mudar o meu plano o mais rápido possível.

               Após o almoço ele ordenou que eu voltasse para o quarto, é um tanto quando humilhante eu ter que aceitar ordens de um homem, mas nosso instinto de sobrevivência nos faz fazer coisas que não faríamos em situações normais. Eu precisava encontrar alguma forma de descobrir mais. 


-Senhorita Rizzo?-Um homem entrou no quarto, me sentei esperando que ele continuasse.-O chefe ordenou que você se arrume para sair com ele.-Falou e saiu fechando a porta, sem dizer ao menos onde iríamos. Eu não tinha consciência de horários nem nada, mas ainda era de tarde. 


              Coloquei um vestido longo de alcinha e uma sandália que estava junto com outras coisas que haviam separado pra mim e fiquei lá aguardando alguém abrir a porta, as vezes eu levantava e tentava abrir mesmo sabendo que ela estaria trancada. 

              Após um certo tempo esperando, quem veio dessa vez foi Caccini. 


-Vem, estamos atrasados.-Disse me puxando pelo braço me fazendo acompanha-lo.


                Entramos no carro dele, e o motorista arrancou com o carro. Como sempre era desconfortável ir a viagem inteira com ele me observando, cruzei os braços na altura dos seios os ressaltando  para testar se ele os olharia e assim fez. É confuso para mim um homem com tanto dinheiro aparentemente, casado com uma mulher tão bonita, ficar me olhando dessa forma. 


-Por que você me olha assim?-Perguntei e ele desviou seus olhos dos meus seios e olhou pra mim.

-Porque eu quero comer você.


                 Quando ele disse aquela frase eu me calei. Eu não precisava desistir do meu plano antigo, ele tinha atração por mim e sabendo disso, e da importância que ele diz que eu tenho, sem dúvida essa atração vai ser a minha chave para escapar dele e de toda essa loucura.

                 O carro parou e descemos. Para minha surpresa eu via outros rostos, haviam várias pessoas, parecia o centro de alguma cidade. 


-Não preciso lhe dizer para não tentar nada, né Senhorita Rizzo?-Ele falou ao pé do meu ouvido. Assenti com a cabeça positivamente. 


                 Andamos um pouco até que paramos em frente uma loja e assim que entramos a vendedora veio nos atender, sorrindo de orelha a orelha e lançando olhares penetrantes para ele. 


-Essa moça irá escolher tudo que ela quiser, ajude-a.-Ele disse e eu o olhei em forma de repreensão.-Você precisa de roupas mais adequadas para sair comigo.-Ele disse me olhando e se sentou. 


...


                   Passamos algumas horas entrando em várias lojas, confesso que foi uma sensação única poder escolher qualquer coisa sem me preocupar com o preço. Optei por peças elegantes e sensuais, como é do meu agrado, mas algumas formais, visto que Caccini sempre se veste assim, escolhi perfumes, maquiagens, acessórios, lingeries, simplesmente tudo que eu precisava.   

                   Caccini não falou uma só palavra o caminho inteiro, quando estavamos chegando, decidi perguntar algo que continuava martelando na minha cabeça.


-Eu não imaginava que era casado.

-Então você imagina coisas sobre mim?-Me olhou e deu um leve sorriso de lado.

-Não exatamente. A forma que você me olha, não é um olhar de homem casado.-Expliquei.

-Bom, eu sou casado e te olho dessa forma. Mas, se você quer saber, eu faço o que eu quero, e quando eu quero.-Falou em um tom um tanto quanto rude.


                Chegamos e eu estava empolgada por aquele quarto estar ficando com a minha cara aos poucos, não o olho mais com a tristeza de alguém que está presa, mas eu daria tudo para estar no meu quarto agora, ouvindo as risadas de Pietro e Sara no quarto, enquanto leio algum livro pensando nos trabalhos do próximo dia. Eu achava minha vida tão entediante e agora sinto falta dela, exatamente do jeito que era.

                  Ainda penso em Elisa e Sofia que ficaram lá embaixo, mas no momento, preciso me preocupar comigo e pensar em uma forma de sair daqui sem ser morta. 


...


                Acabei adormecendo após o jantar, levantei e decidi tomar um banho. Fiquei por muito tempo sentada naquela cerâmica fria com enquanto a água caía sob meu corpo, pensando em tudo que estava acontecendo. Como deve estar Pietro? O que será que está passando pela mente dele? Será que já descobriram a morte de Matt? Eram muitas dúvidas circundando a minha mente.

                Enrolei a toalha no meu corpo e fui até o quarto. Caccini estava sentado na poltrona com a pistola na mão me encarando.


-Tira a toalha.-Falou em um tom um tanto quanto intimidador.

-Não. 

-Tira, a toalha.-Balancei a cabeça negativamente dando alguns passos pra trás. Eu só sentia nojo de olhar para o seu rosto.


               Ele se levantou ainda com a pistola na mão direita e veio caminhando até mim lentamente, logo eu estava prensada entre a porta do banheiro e o seu corpo. Com a mão esquerda ele puxou minha toalha a fazendo cair aos meus pés. Ele aproximou o rosto do meu pescoço e a arma na minha barriga, entendi que precisava aceitar seus toques.


CACCINI POV 


                 Eu precisava entrar com toda a minha força naquela mulher. Passei o dia inteiro pensando em mil formas de como eu iria comê-la, até que tentei me aliviar com a Maddie, e não resolveu nada. Eu precisava era sentir a boca carnuda e aparentemente aveludada de Martina. Roçei o cano da pistola na vagina dela, fazendo movimentos de vai e vem. Ela estava se mantendo controlada e parecia nervosa, mas logo cedeu. Comecei a beijar seu pescoço e larguei a pistola sob o criado-mudo.

                Coloquei minha mão na nuca dela, e a outra na cintura colando nossos corpos. Ela estava ofegante. Abri o ziper da minha calça tirando meu pau pra fora com o olhar de Martina indo diretamente para ele. Empurrei sua cabeça a fazendo ficar de joelhos e logo ela segurou meu pau com sua mão e senti sua boca quente e úmida nele me fazendo jogar a cabeça pra trás soltando um gemido logo em seguida. A porta se abriu me fazendo olhar na direção dela no mesmo instante, era Maddie já em prantos. Por um descuido Martina foi rápida o suficiente para pegar a minha arma que estava sem cima do criado-mudo e apontar pra mim em seguida.

               

-Solte essa arma Martina.-Falei dando alguns passos pra trás e fechando o zíper da minha calça. 

-Não vou soltar, você vai ter que me deixar sair daqui. AGORA!-Gritou.

-Martina você nem sabe como usar isso, pode se machucar. Agora solte-a bem devagar.-Falei com a voz mansa para que ela não tomasse nenhuma atitude estúpida. Maddie saiu correndo espero que para chamar meus seguranças. 

-Acha mesmo que eu não sei?-Ela disse engatilhando a arma e a apontando diretamente para minha cabeça. Alguns de meus homens entraram no quarto chamando a atenção de Martina, parti pra cima dela tentando tirar a arma de sua posse, a fazendo disparar na perna de um dos meus seguranças que caiu com o tiro, logo consegui pegá-la, enfiei na cintura e imobilizei Martina.

-VOCÊ ESTÁ LOUCA? OLHA O QUE ACABOU DE FAZER!-Gritei colocando seus braços para trás  a fazendo deitar na cama.

-Só me arrependo de não ter atirado.-Cuspiu as palavras. 

            

              Meus homens vieram pra cima e eu fiz sinal para que se retirassem, Aproximei minha boca do ouvido de Martina colando meu corpo em suas costas.                                                                                                                                                                                                                                                       -Nunca pensei que ver uma mulher apontando uma arma pra mim, me daria tanto tesão...-Sussurei.                                                                 


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