Secret Revenge- 1º Capitulo: Mãe e filha?



-Eu não quero porra de festa nenhuma no meu aniversário!-Gritei batendo a porta do meu quarto, logo ela foi aberta.
-Você não tem querer garota, o pessoal da delegacia já está esperando por essa festa, já convidei todos.-Minha mãe entrou no quarto.
-Eu tenho querer sim, vai fazer o que? Fazer com que algum policial me obrigue a isso?-Ironizei.
-As duas não podem ter uma conversa normal? Como mãe e filha uma vez na vida?-Meu pai entrou no quarto. Ele realmente nem sempre é como ela, mas é o menos maluco desta casa.
-Mãe e filha? Ah, ta bom.-Ri sarcástico.-Explica para essa mulher, que eu não quero festa alguma, não quero ela se passando por boa mãe, o que nunca vai ser, eu não vou fingir que sou feliz nesta casa, porque ela quer.-Falei andando até a varanda do meu quarto.
-Cora, deixe-me sozinho com Katy.-Ouvi meu pai pedir.
-Viu como está a sua filha, viu como ela me trata?-Falou, sempre ignorando o fato de eu ter nascido dela, as vezes penso o porquê de existir mulheres como ela, que jamais poderão ser chamadas de ''mãe''.
-Minha filha eu...
-Pai, ela me odeia, eu não sou obrigada a fazer as vontades dessa mulher.-O interrompi assim que ele chegou na varanda.
-Ela não te odeia Katy, só está querendo ser boa com você, mas você não dá uma oportunidade.-Ele passou a mão no meu rosto, acho que não sinto nem a metade de ódio por ele, que sinto por ela, e jamais vou sentir, na verdade meu pai não é como essa mulher, só é extremamente submisso a ela.
-Querendo ser boa comigo? Ela quer se passar por uma excelente mãe perante os coleguinhas do estimado trabalho dela, e excelente mãe é a última coisa que ela vai ser na vida.-Falei e senti meus olhos lacrimejarem, mas eu não vou chorar por ela, não mais.
-Ela quer mostrar que é mãe de uma menina fantástica como você Katy, que eu tanto tenho orgulho de ser pai.-Ele sorriu.
-Eu sei que você não é como ela, obrigada por isso.-Sorri de volta.


             Eu ouvi o mesmo  sermão de sempre ''Ela é sua mãe, tem que respeitá-la'' ''Ela te ama, só não sabe como demonstrar isso''. Eu já estou cansada dessas desculpas, nada justifica a forma com que ela me trata, e se eu sou como sou hoje, a culpa é totalmente dela, somente dela.

             Desci após um demorado banho, eu já sei qual irá será o meu recuo, eu sempre posso contar com ele. Meu irmão me entende perfeitamente, mesmo sendo filho de outra mãe, ele sabe muito bem como é ser tratado pela Cora, a forma que ela me trata.

             Digamos que Harry é filho de um outro casamento do meu pai, o qual foi interrompido pela gravidez da Cora, eu não sei se estou com cabeça para chamá-la de mãe agora. Ou talvez, uma mulher assim nunca deveria ter sido chamada de mãe.




...



-Posso entrar?-Perguntei assim que Harry abriu a porta, ele sorria.
-Claro que pode, princesa.-Disse após um demorado abraço. Adentrei em sua casa.-Deixa eu adivinhar, brigou com a sua mãe novamente?-Ele fechou a porta, e caminhou até mim, sentamos no escuro sofá de sua sala. Suspirei.
-Ela é uma hipócrita, falsa, acha que pode comandar a minha vida.-Ele riu.
-Calma, calma, explique-me melhor.-O olhei nos olhos, eu queria começar a jogar tudo na lata, contar tudo o que houve, mas isso não é novidade para Harry, nem mesmo pra mim, já é uma rotina na verdade.
-Tudo de sempre, humilhações, xingamentos, nosso pai acobertando as atitudes da Cora... Agora ela quer dar uma festa para comemorar os meus 19 anos daqui a uma semana, convidando todos da delegacia e em fim.-Ele revirou os olhos.
-Sua mãe é muito falsa, ela quer mesmo é parecer uma pessoa boa perante essa gente dela.-Afirmei com a cabeça.
-Exatamente o que eu disse para o nosso pai, mas pensa que ele concordou? Ele disse que ela está querendo ser boa comigo e eu não dou oportunidade.-Ele riu.
-Eu não sei como ele não consegue perceber que essa mulher não é como parece, qualquer pessoa nota que a Cora não é essa excelente mãe conturbada que ele acha.-Harry levantou e foi até a cozinha.-Quer alguma coisa?-Gritou da  mesma.
-Não, obrigada.-Ele voltou para a sala, comendo uma banana.
-Se quiser pode passar um tempo aí comigo, até você se sentir melhor para enfrentá-la novamente.-Mordeu a fruta.
-Obrigada. Sério, eu ainda não entendo porque ela não gosta de você, não tem motivo algum.-Ele sentou-se ao meu lado novamente.
-Ela não gosta de ninguém além dela, sua mãe só se importa com o trabalho dela.-Concordei com a cabeça.


[...]

 
             
             Acordei e fui tomar um banho, eu dormi no quarto do Harry e ele na sala, precisei ficar aqui para tranquilizar a minha cabeça, a situação naquela casa não está nada boa, e eu não tenho vontade alguma de voltar pra lá.

             Me assustei com os gritos vindos da sala e vesti-me rapidamente, indo até lá.


-Ela não quer ir para a sua casa, você a trata como um nada Cora!-Harry gritou.
-A filha é minha, eu trato da forma que eu quiser, e se ela está assim é sua culpa! Você dá maus exemplos, você!-Ela gritou.
-Agora eu sou sua filha? Deixa de hipocrisia!-Gritei, ela me olhou com raiva no olhar.
-Você tem dez minutos para descer e entrar no meu carro, dez minutos!-Ela falou batendo a porta logo em seguida.

-Se quiser continuar aqui, por mim tudo bem.-Disse Harry passando a mão sobre seus cabelos, ele está nervoso, essa mulher tira qualquer um do sério, realmente.
-Eu vou ir, não quero mais problemas pra você.-Ele me abraçou.
-Eu sou seu irmão Katy, não quero que continue passando por isso...-Nos desabraçamos e ele me segurou pelos ombros.
-Vai ficar tudo bem Harry, eu vou indo... Mas obrigada por tudo.-Dei um beijo em sua bochecha.
-Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, você vai me ligar e eu vou lá te buscar, combinado?-Ele sorriu, retribui.
-Combinado, eu te amo, ok?-O abracei.
-Também te amo Katy.-Nos desabraçamos.



             Saí do apartamento de Harry. Voltar para aquela casa não vai me fazer nada bem, mas eu não quero que Harry fique se estressando por minha culpa.

             Entrei no carro dela que estava parado no estacionamento e ela logo arrancou com o carro sem dizer absolutamente nada.


-Filho de uma puta!-Cora gritou assim que quase atropelou um cara. Ele gritou alguma coisa que eu não compreendi.
-Você é a única puta que eu conheço.-Disse ao passar pelo lado do motorista.
-Garoto louco.-Cora disse e voltou a dirigir.



...


             Depois de um tempo dirigindo, Cora parou no sinal vermelho e me olhou, ela batia os dedos de leve no volante, está muito nervosa desde que quase atropelou aquele cara. Ela me olhou novamente, está querendo me dizer algo, tenho certeza.


-Cora, tem algo a me falar?-Perguntei e ela me encarou.
-Só estou pensando em alguns detalhes da sua festa.-Ela sorriu falso e o sinal abriu, a fazendo voltar a atenção na estrada.
-Porra eu já não falei que não quero merda nenhuma! Você não entendeu isso ainda?-Ela me olhou brava.
-Você mora na minha casa, é minha filha, eu mando em você, e se eu estou dizendo que você vai ter essa festa, você terá e pronto. Entendeu?-Ela falou e eu revirei os olhos.
-Não seja por isso, eu vou sair dessa sua casa Cora, pode ter certeza que eu vou.



             Depois ela calou-se, não disse mais absolutamente nada até chegarmos em casa. Meu pai estava sentado no sofá lendo um livro, a expressão de esperança no rosto dele chega a ser engraçada, porque ele sempre acha que eu e a Cora vamos nos dar bem, mas há 18 anos nunca foi assim, e eu realmente acho que isso não irá mudar.


[...]



             Terminei meu banho e comecei  a me arrumar, tenho que ir a minha faculdade, mesmo não querendo. Hoje não estou disposta a nada, e é exatamente por isso que eu faltarei as aulas de hoje na faculdade.

             Vou ir visitar Scarlett, minha melhor amiga, há uns anos já, eu saberia se ligasse de fato pra essas coisas, mas realmente não. Ela está no hospital, foi atropelada a uns dias atrás e eu ainda não fui vê-la.


...


            
             Estacionei o carro e desci. Fui até o saguão, pedi informações sobre o quarto onde Scarlett está, a atendente até foi bem simpática, mas hoje não estou muito bem para ser educada com ninguém.

             Subi de elevador, logo fui em busca do quarto de número 113, onde ela está, aqui no segundo andar desse enorme hospital.


-Posso entrar?-Abri parcialmente a porta, ela sorriu ao me ver.
-Claro, Katy. Entre.-Falou se sentando sofridamente na cama.
-Como se sente?-Perguntei sentando-me em sua cama, ao seu lado. 
-Ainda dói muito a minha perna, mas logo, logo, vou ter alta desse hospital. Espero que seja antes da sua festa, quero muito ir.-Falou aparentemente animada. Apesar que, nem eu mesma me sinto animada com isso, sei que tudo será um teatro, dos piores, até porque nada será verdade, nada é sincero e verdadeiro se tratando de Cora Miller.
-Não sei ao certo se essa festa será realizada, por mim, obviamente não.-Falei séria, o sorriso de seus lábios se fechou.
-Ela parece estar mudando, Katy, dê uma oportunidade a sua mãe.-Scarlett é tão ingênua com esse assunto, parece que ninguém além de mim e do Harry conseguimos ver a Cora atrás da máscara de boa mulher que ela usa.
-Você realmente não tem a noção de como é aquela mulher, Scarlett.-Na verdade nem eu mesma tenho.



...


             Sai do hospital depois de um longo tempo conversando com ela, mas na verdade ninguém me entende, apenas Harry mesmo, as vezes é como se eu só tivesse ele na vida, porque Harry é o meu porto seguro em meio a tudo que acontece.

             Nunca entendi como de fato começou esse ódio que eu e Cora sentimos uma pela outra, é tão diferente, nunca vi nada igual, um ódio como esse entre mãe e filha, as vezes é como se eu e ela não fôssemos nada além de inimigas, porque realmente pra mim é o que somos.

             Dividir o mesmo teto com ela é tão complicado. Nem me recordo da última vez que sentamos os três para um jantar, por exemplo. São coisas simples, mas que para mim são tão complicadas, acho que nada mudará isso.


 -Boa noite minha filha.-Meu pai disse assim que eu passei pela sala.
-Boa noite.-Gritei já ao topo da escada.


             Entrei no meu quarto, mas não o tranquei a tempo de impedir que Cora entrasse no mesmo.

-O que quer?-Perguntei rudemente, mas com o meu tom normal conversando com ela.
-Estamos bem conversadas sobre a sua festa então Katy?-Perguntou ainda na porta.
-Foda-se essa festa, faz o que você quiser Cora.


CONTINUA

_________________________________________________________________________________________________

Ooooooooooooooooooooi, oi meus amores!! Tudo bem com vocês??

Essa é a mais nova fanfic do blog!

O que acharam?

Secret Revenge será uma fanfic, criminal. 

Espero que tenham compreendido como será a fanfic a partir desse capítulo...

E esse ódio entre mãe e filha? Caramba, o que acharam?

Harry Styles é o irmão de Katy, seu porto seguro durante a fanfic.

E a festa de aniversário que Cora quer dar em homenagem a Katy? Vai mesmo acontecer?

 Agora, sobre Mysteries In The Dark


Estou com um certo bloqueio de criatividade, mas vou tentar ao máximo postar o mais rápido possível!!


Continuem acompanhando o blog!

Comentem!
Beijos, amo vocês!
Xoxo'

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Querida, Meg: No Two Crazy!

La Mafia: Capítulo 1- A Casa de Julieta.

MITD-2ªTemporada-Capitulo 7 : Isso inclui principalmente o sexo!